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Saúde e envelhecimento: mantendo um recurso natural precioso

Saúde e envelhecimento: mantendo um recurso natural precioso


Nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), pessoas que alcançam 65 anos de idade podem esperar viver mais 17 a 20 anos.

Essa é uma conquista extraordinária na história humana, refletindo melhorias na higiene e no saneamento e o advento de vacinas e medicamentos modernos. Nós podemos transformar taxas de mortalidade infantil, nossa habilidade de lutar contra doenças infecciosas e como tratamos grandes assassinos, como doenças cardíacas e câncer.

Ainda assim, para muitas pessoas, a longevidade chega com um preço alto – doenças crônicas que reduzem a capacidade de desfrutar plenamente sua vida útil mais longa e frequentemente minam sua independência, tornando-se uma carga para as famílias e esgotando seus recursos econômicos.

A maioria das condições que reduzem o envelhecimento produtivo tem suas raízes em antecedentes sociais e comportamentais que antecedem o surgimento da doença diagnosticada. Com o tempo, esses riscos negam às pessoas a dádiva de uma "velhice feliz".

Envelhecer bem é nosso novo desafio. Conseguir isso requer não apenas que reinventemos nossos sistemas de saúde, mas também que fundamentalmente mudemos nossas atitudes básicas em relação à saúde e ao bem-estar ao longo da vida.

A maioria das pessoas pensa em saúde como um estado pessoal "estou saudável" ou "estou doente". O que aconteceria se, em vez disso, pensássemos sobre nossa saúde da mesma forma que pensamos sobre nossos bens e recursos?

E se olhássemos para a saúde como um bem pessoal que pode ser cuidadosamente protegido e investido ao longo da vida para assegurar benefícios de longo prazo _ uma conta de aposentadoria de saúde, à qual podemos recorrer na velhice, da mesma maneira que podemos recorrer às contas financeiras de aposentadoria? Em vez de desperdiçarmos a saúde de maneiras que sabemos que não são boas para nós, poderíamos investir em aumentá-la e mantê-la.

E se as comunidades avaliassem a saúde de sua população da mesma maneira que analisam outros recursos naturais que precisam de conservação atenciosa e gestão proativa?

Sabemos há bastante tempo que a saúde e a prosperidade estão relacionadas, mas alguma vez colocamos a saúde no mesmo patamar que os recursos hídricos ou o abastecimento de energia? Melhorar e manter a saúde da comunidade não deveria ser pelo menos tão importante quanto tratar as pessoas quando elas estão doentes?

A saúde é verdadeiramente um recurso natural precioso e pessoas, comunidades, negócios e países que sabem disso podem tomar melhores decisões sobre seus investimentos em saúde.

Envelhecer bem exige que esses investimentos comecem antes da concepção, assegurando que os pais possam criar crianças saudáveis, apoiando-as durante os anos de aprendizagem em escolas que promovam a saúde e o bem-estar e que depois as lancem à idade adulta.

Também exige que adultos em todos os estágios de vida tenham informação, recursos, incentivo e apoio para investir na proteção de sua saúde. É necessário ter seguro saúde e um competente sistema de cuidados de saúde, mas só isso não é suficiente.

Muito mais benefícios podem ser conquistados encorajando "a saúde em todas as políticas públicas" e "a saúde em todos os lugares" para moldar nossos ambientes físico e social e, dessa forma, motivar e manter bons comportamentos de saúde que, em longo prazo, proporcionem uma melhora geral em nossas "contas de saúde".

Mais boas novas: certamente há pessoas e comunidades que já estão envelhecendo bem. Como [o autor e palestrante] Dan Buettner observa, existem "Blue Zones", lugares no mundo em que um número maior de pessoas aproveita vidas plenas extremamente longas.

O que talvez seja mais notável sobre essas comunidades é que, na maioria delas, envelhecer bem está associado a produtividade e atividade algo que precisamos aprender e dominar se esperamos compensar as iminentes consequências econômicas da divisão demográfica que nossas sociedades em envelhecimento estão enfrentando.

De fato, criar oportunidades para que as pessoas façam contribuições substanciais a suas famílias e comunidades à medida que passam da idade tradicional de "aposentadoria" é fundamental para nossa viabilidade econômica.

Sua sabedoria, experiência, diversidade e habilidades são tesouros que precisamos manter e honrar. Envelhecer bem não é apenas um desafio, é um imperativo global!


O CUIDAR IDOSO não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma solidária, pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

Fonte: http://institutomongeralaegon.org/