Terceira idade se reinventa, mas é preciso atenção
A população brasileira está envelhecendo. Por isso, viver mais e melhor é um desejo comum de grande parte da sociedade. Para ter ideia, o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) previu que, em 2030, o número de idosos do DF será 14,9%.
Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostra que o DF é o que tem o maior percentual de habitantes se exercitando: 50,4% da população que vive na capital do país está em movimento e isso incluiu um bom número de idosos.
Porém, mesmo com a busca por um corpo mais saudável, a terceira idade vem acompanhada de vários cuidados e o principal está relacionado à saúde ligada ao tempo seco e baixa umidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a unidade relativa do ar chegou à cada dos 20% em julho e agosto alcançou 40%. Os números são considerados preocupantes. Diante disso, Marina Valim, geriatra, chama atenção principalmente para a hidratação e cuidados com a pele.
"O idoso tende a perder a sensação de sede e naturalmente ingere menor quantidade de água. A umidade baixa é o principal motivo de coceira nessa faixa etária, podendo gerar lesões e complicações como infecções secundárias", destaca.
Aliado à preocupação com o tempo, a especialista pede rigorosidade com a caderneta de vacinação, pois nessa época há também um crescimento atenuante dos resfriados, doenças pulmonares e gripe - essa, de acordo com Marina, apresenta grande impacto no número de idosos que podem chegar a falecer em decorrência de uma doença específica. "A partir da gripe o paciente idoso se torna mais vulnerável e predisposto a doenças mais graves como pneumonia. Pode, ainda, descompensar doenças já existentes como diabetes, enfisema pulmonar e doenças cardiovasculares", alerta.
Além do envelhecimento, essa faixa da população atual chama a atenção por se preocupar com outros assuntos que vão desde a independência, a aceitação dos cabelos brancos e o incentivo à vaidade no que diz respeito a acentuar a beleza própria da idade.
Marina Valim acredita que a quebra dos paradigmas que ligam o idoso apenas a indivíduos aposentados é fruto de uma longa jornada. "A ciência cada vez mais nos mostra caminhos para envelhecer bem e se cuidar de maneira ativa e preventiva. E para isso nunca se é novo demais ou velho demais", finaliza.
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