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O corpo humano necessita do movimento

O corpo humano necessita do movimento


O envelhecimento da população, é um dos maiores desafios das últimas décadas. Embora a velhice não seja sinônimo de doença, com a idade aumenta o risco de comprometimento funcional e perda de qualidade de vida. 


A avaliação funcional dos idosos, com acompanhamento do profissional fisioterapeuta, torna-se essencial para estabelecer um diagnóstico, um prognóstico e um julgamento clínico adequado que subsidiarão as decisões sobre os tratamentos e cuidados necessários com o idoso.


Quando penso e olho para um idoso, vejo muito além de toda a fragilidade apresentada na maioria, vejo um indivíduo. Vejo o potencial de cada um. Vejo respostas que poderão surgir. Vejo muitas qualidades. Sinto o medo de cada um. Observo aquele ser de muito conhecimento com dificuldades específicas. Observo ações musculares. Observo movimentos. A maioria relata os mesmos objetivos com a fisioterapia: querem novamente qualidade de vida. Querem voltar a se locomover como antes. Querem ser independentes!   


A capacidade de locomover-se é um processo que envolve uma série de mecanismos, dependentes principalmente do funcionamento íntegro dos sistemas neurológico, musculoesquelético e cardiovascular. Com a deterioração dessas estruturas, pelo envelhecimento, os distúrbios da marcha e da mobilidade tornam-se problemas comuns, levando a importantes limitações na realização das atividades da vida diária e o déficit cognitivo atinge a maioria dos idosos, sendo necessário atendimentos multiprofissionais.  


Realizamos uma fisioterapia que vai além do convencional, daqueles exercícios que a maioria não gosta. Fizemos a fisioterapia do amor, do carinho, do cuidado, do consolo, do abraço apertado. A fisioterapia do afeto, do companheirismo. A fisioterapia do riso! Associando isso, exercícios, trabalho de equilíbrio e capacidade pulmonar. Realizamos as AVD`s (Atividades de Vida Diária): Treinamos equilíbrio com caminhadas no shopping ou nas ruas da cidade. Fortalecemos os músculos com atividades específicas que cada um gosta: cozinhando, limpando a casa, cuidando das plantas. Dançamos para trabalhar a mente e o espírito, além de trabalhar os meus objetivos fisioterapêuticos com eles. Brincamos com jogos de memória para lembrar do passado e trabalhar a memória mesmo. Jogamos bola para lembrar os velhos tempos ou brincarem mais tarde com seus netos e bisnetos. Enchemos balões para trabalhar a parte respiratória e lembrar do gosto ruim que fica na boca. Revivemos o passado através do diálogo e de muitas fotos.


Não podemos prometer e muitas vezes não é possível realizar a vontade de torná-los independentes fisicamente, mas garantimos uma melhora (ou um pouco dela) na independência mental. Garantimos uma melhora na mobilidade e no equilíbrio, tanto físico quanto psíquico. Garantimos um aumento de força e tonificação da musculatura.  


Fizemos uma estimulação para melhorar a qualidade de vida daquele indivíduo, para que ele continue, principalmente, com vontade de viver e viver bem, mesmo que a idade da máquina atrapalhe muitas vezes ou a dor apareça. Que ele se aceite como é, e que perceba o quanto é capaz de ainda fazer muito por si e pelo seu corpo, pois todos sabemos que não fomos feitos para ficar parado.  


Por: Letícia Salin - Fisioterapeuta Graduada em Fisioterapia pela Universidade FEEVALE. Pós-graduada em Traumato Ortopedia pela Universidade Gama Filho (RJ). Instrutora de Pilates e Fisioterapeuta - Clínica Terápica - NH. Pós-graduanda em Acupuntura (ABA).


O CUIDAR IDOSO não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma solidária, pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

Fonte: Letícia Salin